Santana e Sócrates, ou o Dionisíaco e o Apolíneo Revisitados
Gaita, que tenho mesmo saudades do Santana! Ah, o caos! Ah, a anarquia! Todos os dias uma laracha nova (os meus amigos brasileiros adoraram a do Machado de Assis)! As fofocas das discotecas, as amigas e as manifestações de desagravo. A troupe dos sátiros de Morais Sarmento. Que saudades do excesso e da alegre dilaceração mediática quotidiana...
Depois, com a Racionalidade Socrática,acabou-se a festa. Tudo se procura justificar, medir e resolver. Tudo passou a ser explicável e novos grandes projectos (e.g. TGV, Ota) prometem modernizar a pátria. Que chatice. Resta-me refugiar-me em Nietzsche.
Depois, com a Racionalidade Socrática,acabou-se a festa. Tudo se procura justificar, medir e resolver. Tudo passou a ser explicável e novos grandes projectos (e.g. TGV, Ota) prometem modernizar a pátria. Que chatice. Resta-me refugiar-me em Nietzsche.
4 Comments:
resta saber se esses novos projectos vao realmente modernizar ou atrasar ainda mais a patria. Sempre tivemos uma coisinha por obras faraonicas!
Obras faraónicas?? 10 estádios do Euro2004?? É melhor nem começar a falar:)
Vou voltar atrás na minha decisão e irei reflectir sobre este assunto....
As obras faraónicas...O pior de tudo é que parece que o governo quer decidir e nem dá a conhecer dados concretos sobre os novos empreendimentos. Depois, claro, há uma quantidade incrível de informação e contra-informação. O que me deixa verdadeiramente triste é a postura dos chamados "altos representantes do Estado", ou seja, virem a público tentar retirar dividendos "políticos" de toda esta problemática. Vê-se perfeitamente que falam sem conhecimentos técnico e depois fazem má figura...
Por outro lado, o que diz António Vitorino: não há problema em relação aos custos (a "crise" acaba em 2008). Bem, ele lá sabe...
Há um problema de mentalidade pacóvia que associa bom desempenho â realizaçao de grandes obras, isso foi bem visïvel nas autarquicas, tudo o que era presidente da junta lá vinha mostrar a sua obra...ainda hoje o Ferreira do amaral goza de muito prestigio pela obra feita... Só que ninguem avaliou os custos de oportunidade (e a verdade é que na altura ninguém falava n aIrlanda ou no modelo finlandês) ou qual o custo beneficio das ditas.
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