Testemunhos de vida
[palavras-chave: integração, lingua finlandesa, estagio na finlândia, circulo de emigrantes, empregabilidade, qualidade de vida, futuro. ]
Testemunhos de vida - Diana Sousa
Eu vim para a Finlândia trabalhar, sou designer de comunicação. Vim através do programa europeu Leonardo da Vinci. No meu caso não precisei de falar finlandês à partida, o inglês chegou para os primeiros tempos.
O estágio durou 5 meses e depois fizeram-me um contrato permanente, e eu fiquei. O que aconteceu foi que após um ano e meio vi-me numa situação em que para progredir no trabalho precisava de falar finlandês. Não é que não conseguisse trabalhar sem falar a língua, não conseguia era passar do nível de assistente, sempre dependente de quem me traduzisse os briefings. E essa situação não era confortável. Por isso tomei a decisão de ir estudar - saí do emprego e agora estou a tirar um mestrado em Helsínquia. O mestrado é em inglês, o que me colocou numa situação outra vez confortável.
O problema é que este conforto é ilusório... Eu quando cá cheguei pensava que me seria fácil aprender a língua uma vez cá estando. Só que a língua finlandesa é mesmo difícil! Eu já estou a estudar há um ano e só consigo articular umas frases muito básicas. É certo que não estou a estudar a tempo inteiro, quem se dedicar 5 ou 6 horas por dia ao finlandês ao fim de uns 6 meses já fala fluentemente. Só que quando já se tem um emprego a tempo inteiro não há essa disponibilidade!
Não falar a língua traz vários problemas na vida do dia-a-dia e também a nível social - é mais difícil entrar num círculo de amigos finlandeses e acaba-se por se travar conhecimento maioritariamente com outros estrangeiros igualmente não-integrados.
Tenho a ideia que em Portugal quando se fala da Finlândia se coloca sempre a tónica na qualidade de vida superior, mas a qualidade de vida não é só os bens de consumo que se conseguem adquirir com ele, a facilidade de acesso ao ensino, etc. Nesse aspecto a Finlândia está bastante mais bem posicionada que Portugal, é certo (no meu caso vim ganhar sensivelmente o dobro do que ganhava lá), é perfeitamente possível fazer uma vida normal, mas sem grandes luxos, e ainda sobra algum dinheiro ao fim do mês. A questão é que a qualidade de vida também tem a ver com a facilidade de se integrar na sociedade onde se vive, e nesse aspecto a Finlândia não é um país fácil...
Enfim, ao decidir vir para cá, há que ponderar bem se se está disposto a fazer este esforço.
Testemunhos de vida - Diana Sousa
Eu vim para a Finlândia trabalhar, sou designer de comunicação. Vim através do programa europeu Leonardo da Vinci. No meu caso não precisei de falar finlandês à partida, o inglês chegou para os primeiros tempos.
O estágio durou 5 meses e depois fizeram-me um contrato permanente, e eu fiquei. O que aconteceu foi que após um ano e meio vi-me numa situação em que para progredir no trabalho precisava de falar finlandês. Não é que não conseguisse trabalhar sem falar a língua, não conseguia era passar do nível de assistente, sempre dependente de quem me traduzisse os briefings. E essa situação não era confortável. Por isso tomei a decisão de ir estudar - saí do emprego e agora estou a tirar um mestrado em Helsínquia. O mestrado é em inglês, o que me colocou numa situação outra vez confortável.
O problema é que este conforto é ilusório... Eu quando cá cheguei pensava que me seria fácil aprender a língua uma vez cá estando. Só que a língua finlandesa é mesmo difícil! Eu já estou a estudar há um ano e só consigo articular umas frases muito básicas. É certo que não estou a estudar a tempo inteiro, quem se dedicar 5 ou 6 horas por dia ao finlandês ao fim de uns 6 meses já fala fluentemente. Só que quando já se tem um emprego a tempo inteiro não há essa disponibilidade!
Não falar a língua traz vários problemas na vida do dia-a-dia e também a nível social - é mais difícil entrar num círculo de amigos finlandeses e acaba-se por se travar conhecimento maioritariamente com outros estrangeiros igualmente não-integrados.
Tenho a ideia que em Portugal quando se fala da Finlândia se coloca sempre a tónica na qualidade de vida superior, mas a qualidade de vida não é só os bens de consumo que se conseguem adquirir com ele, a facilidade de acesso ao ensino, etc. Nesse aspecto a Finlândia está bastante mais bem posicionada que Portugal, é certo (no meu caso vim ganhar sensivelmente o dobro do que ganhava lá), é perfeitamente possível fazer uma vida normal, mas sem grandes luxos, e ainda sobra algum dinheiro ao fim do mês. A questão é que a qualidade de vida também tem a ver com a facilidade de se integrar na sociedade onde se vive, e nesse aspecto a Finlândia não é um país fácil...
Enfim, ao decidir vir para cá, há que ponderar bem se se está disposto a fazer este esforço.
2 Comments:
Oi Diana, gostei muito do relato da tua experiencia aqui na Finlandia, eu sou de Portimao e moro neste momento em Helsinki, obrigado por partilhares as tuas aventuras. Um beijo,
Ricardo
Ola! Gostaria de arranjar um emprego na finlandia! Fui no ano passado aí e adorei a cultura finlandesa!Mas a unica formaçao que tenho é inspector automovel! Será possivel arranjar emprego nessa area?Ou noutra area como por exemplo hotelaria?Obrigado de responderes!
Enviar um comentário
<< Home